terça-feira, 15 de abril de 2008

Marcas X cérebro global

Com a evoluçao altamente rápida da tecnologia, e a explosao dos canais de mídia, o consumidor tem muito mais acesso a informaçao. O resultado disso foi uma mudança no comportamento e nas atitudes do consumidor, tornando-o mais critico. Porém a propaganda esta presa ao passado, a uma época em que o consumidor era mais ingênuo e acreditava em qualquer coisa, onde tentava-se atingir o consumidor pela subjetividade e emoçao, associando uma marca a um estilo de vida muitas vezes distante da realidade do individuo. O consumidor, na verdade, comprava o estilo de vida inconscientemente, que esta associado ao produto. Mas as grandes marcas que bombardeiam e fixam na mente dos consumidores as suas propagandas, ainda perssistem nos hábitos de consumo das populaçoes, pelo o que o psicologo Leon Festinger chamou de Teoria da Dissociaçao
cognitiva. Para exemplificar essa teria vou usar um texto de Basic Psychology, Norton 1983, Henry Gleitman e traduzido por M. Martinele, que encontrei na net no seguinte endereço, "http://xenu.freewinds.cx/pt/dissonanza.htm".

"Um claro exemplo da Teoria da Dissociaçao cognitiva vem do estudo de uma seita que estava esperando o fim do mundo. A fundadora da seita anunciou que tinha recebido uma mensagem dos "Guardas" do universo. Num certo dia vai acontecer uma inundação enorme. Apenas os verdadeiros fiéis teriam sido salvados, que teriam sido embarcados em discos voadores a meia-noite do dia prefixado. (A tecnologia melhorou muito desde os dias da Arca de Noé).

No Dia do Juízo os membros da seita reuniram-se a espera da inundação. A hora prevista para o pouso dos disco voadores chegou e passou, a tensão era maior com o passar das horas, quando a santarrona da seita recebeu outra mensagem: o mundo foi poupado como prêmio pela confiança dos fiéis. Houve muita alegria e os crentes tornaram-se mais fiéis.

Com o ridículo fracasso de uma profecia tão exata, era lógico imaginar como reação o abandono daquelas crenças e o afastamento dos fiéis da seita. Mas a teoria da dissonância cognitiva explica este comportamento: deixando de acreditar nos "Guardas do universo", a pessoa tem que aceitar uma dissonância entre o atual cepticismo e as crenças antigas, e isso é causa de dor.

A sua antiga fé, seria agora uma humilhante idiotice. Alguns membros da seita chegaram até a perder o trabalho e gastar todo os seu dinheiro, e agora recusando a ideologia dos Guardas tudo isso teria parecido como uma ridícula bobagem sem sentido. A dor da dissonância teria sido intolerável. Assim foi reduzida de importância acreditando na nova mensagem, e vendo outros membros aceita-la sem dúvida nenhuma, a fidelidade saiu até fortalecida."

Podemos associar este comportamento com o consumidor no mercado, ele ja criou uma relaçao de confiança com determinadas marcas e a propaganda so vem reforçar esses laços. Mas esse tipo de mentalidade esta desaparecendo com a diversificaçao dos canais de mídia , principalmente a internet. Foi da internet que nasceu uma poderosa conversação global. As pessoas estão descobrindo e inventando novas formas de compartilhar com rapidez qualquer conhecimento que seja relevante atravez de edição coletiva de documentos. Como resultado , mercados estão se auto-organizando mais rápido que as empresas e estão se tornando melhor informados, mais inteligentes, e demandando qualidades perdidas na maioria das organizações. Foi o que Pierre Levy chamou de Inteligencia coletiva, ou seja , conexões sociais que são viáveis através da utilização das redes abertas de computação.

Assim como a teoria de gaia, que diz que o planeta terra ou a biosfera é um único organismo vivo, pulsante. Esta nascendo um "cérebro global", um híbrido, unindo terminaçoes nervosas(consumidor) aos dispositivos tecnologicos telecomucacionais.

Pesquisa: http://www.cluetrain.com/portuguese/index.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Intelig%C3%AAncia_coletiva
http://xenu.freewinds.cx/pt/dissonanza.htm
Leitura: Tem alguém ai? As comunicações no século XXI. Autor(a): Mark de Austin Jim Aitchison. Editora: Nobel Sinopse

Um comentário:

Carlos Castilho disse...

Luiz,
O teu post está excelente. Desde quando você se interessa por este tema? Olha, vale a pena aprofundar e manter a atualização sobre o assunto porque tem muita gente que gosta de ler sobre ele. Só faz textos mais curtos e mais frequentes.
Abração
Castilho